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Suplente de vereador é investigado por triplo homicídio em Choró


Um suplente de vereador foi preso em flagrante suspeito dos crimes de integrar organização criminosa, posse ilegal de arma de fogo e receptação em Choró, município do Sertão Central do Estado. Tiago Morais Abreu, de 39 anos, é investigado por uma suposta participação no triplo homicídio ocorrido em uma areninha de Choró na terça-feira, 9 — na ocorrência, uma quarta pessoa ficou ferida.

Tiago foi preso em uma residência de Choró junto a Gabriel Freitas Andrade, de 22 anos. A Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) informou que, com os suspeitos, foi apreendida uma pistola calibre 380 com dois carregadores e 38 munições do mesmo calibre.

De acordo com a PC-CE, no momento da abordagem policial, um deles (não foi esclarecido quem) tentou esconder a arma em um terreno em obras localizado ao lado da casa onde os dois foram presos.

“A PC-CE segue com as investigações para esclarecer os homicídios, confirmar a participação da dupla e identificar outros envolvidos”, informou a corporação. 

Tiago foi candidato a vereador de Choró em 2024 pelo PSB. Ele obteve 531 votos e ficou na segunda suplência.

Em sua prestação de contas, Tiago declarou ter R$ 327.949 em bens, que incluem uma microempresa, uma caminhonete Mitsubishi L200 Triton e um carro modelo Fiat Uno.

Suplente de vereador já havia sido condenado por integrar facção

Em 2023, Tiago foi condenado a 10 anos e 7 meses de prisão após ser acusado de integrar a facção criminosa Guardiões do Estado (GDE). Ele recorria da sentença em liberdade.

Tiago apareceu em uma investigação da Polícia Civil como alguém responsável por fornecer armas de fogo a integrantes da GDE. Em 2019, ele teria transportado, de Maracanaú (Região Metropolitana de Fortaleza) a Choró, espingardas calibre 12 que seriam utilizadas em um assassinato.

O homicídio ocorreria em retaliação à morte de Jonadabe dos Santos Ferreira, em 9 de novembro de 2019. Mensagens encontradas em um celular apreendido com um suspeito de integrar a GDE indicam que Jonadabe era “menino do Padeiro”, que, para a Polícia Civil, era o apelido de Tiago na facção.

Nas mensagens, também consta que um homem identificado como Zezinho afirmou que “seu patrão está descendo com umas canetas aí (duas espingardas calibre 12)” para Choró.

O próprio Tiago confirmou ter viajado para Choró um dia após a morte de Jonadabe e que Zezinho era funcionário em uma padaria de sua propriedade. Tiago, porém, negou os crimes atribuídos a ele. O suplente de vereador disse que não conhecia Jonadabe e que, no dia, foi a Choró visitar os pais, tendo aceitado uma carona com dois clientes seus.

“(Tiago) Afirma que acredita que essa acusação se deu pelo fato de estar no lugar errado, na hora errada e ter conhecimento de quem é o Zezinho”, consta em seu depoimento na fase de instrução.

“Embora na confecção do relatório citado seja tratado a identificação de Tiago Morais como o ‘Padeiro’ apenas como uma possibilidade, o próprio confirmou vários fatos levantados na investigação, inclusive a viagem a Choró acompanhado de outros dois indivíduos e seu envolvimento com o ramo da panificação”, afirmaram, por outro lado, na sentença, os juízes do colegiado da Vara de Delitos de Organizações Criminosas.

“Apesar de comprovar o acusado ser também envolvido licitamente com a prática de tiro esportivo, restou comprovado que tal atividade servia para dissimular sua função no grupo de fornecer armas e munições.




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