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Operação contra exploração sexual de crianças: 17% dos presos no CE têm entre 54 e 59 anos

Dentre os 111 presos por crimes relacionados à exploração sexual durante o mês de maio no Ceará, 17% têm de 54 a 59 anos. A faixa etária é a mais recorrente nas capturas, seguida dos grupos entre 42 e 47 anos (14%) e 30 e 35 (13%).

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Os dados foram informados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) durante balanço da operação Caminhos Seguros, para combater a exploração sexual de jovens no Estado.

A ação compõe iniciativa nacional, executada entre 30 de abril e 30 de maio, como parte da campanha Maio Laranja, que visa combater crimes do tipo contra crianças e adolescentes. Em ações educativas, conforme a SSPDS, a campanha atingiu 21 mil pessoas no Estado.

A operação resultou no cumprimento de 87 mandados de prisão, alguns para mais de um alvo, um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e um ato infracional cometido por menor. Houveram também 18 prisões em flagrante, totalizando assim as 111 capturas.

Ao todo, 140 municípios cearenses foram alvo da operação durante o último mês, seja através de ofensivas policiais, bem como ações educativas em instituições de ensino e outros locais públicos.

De acordo com a diretora do Departamento de Proteção dos grupos Vulneráveis da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), Janaína Braga, as ações foram um braço importante da operação, visando capacitar a população para identificar casos de violência sexual contra crianças.

“Prevenção também passa pela informação. Uma sociedade bem informada saberá identificar os sinais de violência em uma criança e em um adolescente, saberá procurar ajuda, onde procurar ajuda, como denunciar… uma criança e um adolescente bem informados saberão também dos seus direitos e como se proteger”, pontua a delegada.

A delegada destaca ainda a importância de preparar a sociedade e da própria criança para identificar e denunciar casos de violência, mesmo que venham de um círculo mais próximo. Conforme explicitado pelas autoridades presentes na divulgação do balanço, a maioria dos abusadores ainda é de pessoas que as famílias julgam ser confiáveis.

Casos investigados vão de importunação em unidades de saúde a estupro em cárcerie privado

Entre os casos investigados pela Polícia na operação estão o de um profissional da área da saúde que teria importunado uma adolescente durante tratamento de uma doença. O caso corre em sigilo e está a cargo da Delegacia da Mulher de Maracanaú, município na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Há casos registrados também dentro do núcleo familiar, onde um pai abusava da filha autista de 9 anos de idade em Juazeiro do Norte. A criança também era mantida em cárcere privado. Segundo informações da Polícia Civil, o homem ainda é investigado por violência contra a mulher e está preso preventivamente.

Houve ainda a prisão de um homem no município de Limeira, estado de São Paulo, suspeito de estupro de vulnerável. Ele foi capturado no dia 24 de maio e teria cometido o crime na cidade paulista e em Juazeiro do Norte, no Ceará.

Além das forças policiais, a operação teve participação também das secretarias estaduais de Proteção Social (SPS) e Direitos Humanos (Sedih-CE). Todas as vítimas passaram por acolhimento psicológico e estão sendo acompanhadas pelas pastas estaduais.

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