O jornalista deixará a bancada do Jornal Nacional após 29 anos no comando – mas sua história na Globo não acaba por aqui.
Após 29 anos no comando do Jornal Nacional, William Bonner anunciou sua mudança para o Globo Repórter, onde dividirá espaço com Sandra Annenberg. Ele será substituído por César Tralli a partir de 3 de novembro. A decisão pegou os telespectadores de surpresa e fez com que a nostalgia tomasse conta do público – afinal, se tem uma coisa que o Bonner tem na Globo é história.
A mudança foi motivada por sua vontade de ter mais tempo para a família e projetos pessoais, uma liberdade que não é possível sendo apresentador e editor-chefe do Jornal Nacional. Agora, no novo posto, ele poderá conciliar o que mais ama: o telejornalismo e tempo com os filhos.
Ao longo de sua carreira o que não faltou foi trabalho, viu? Ele passou por outras emissoras, precisou mudar de nome e comandou o maior jornal do país mesmo não sendo formado em jornalismo.
Divulgação/João Cotta/TV Globo
Primeiro emprego na TV
William Bonner conseguiu o primeiro emprego nas telinhas em 1985, na TV Bandeirantes. O pontapé inicial foi graças a uma amiga que o convidou para um teste de locutor em off num programa jornalístico. Depois, ele foi treinado e promovido como âncora do Jornal de Amanhã – tudo em menos de cinco meses. O jornalista também trabalhou na extinta TV Manchete.
Estreia na TV Globo
Não demorou muito para que sua grande chance chegasse. Em 1986, ele foi convidado para apresentar o SPTV – 3ª Edição, na Globo. No ano seguinte, ocupou a bancada do SPTV – 2ª Edição e, depois, passou alguns meses no Globo Rural. Bonner também chegou a cobrir as férias de Marcos Hummel no Jornal Hoje. Mil e uma utilidades!
Em 1988, ele finalmente chegou ao Fantástico e dividiu o espaço com Valéria Monteiro e Sérgio Chapelin até 1990. Ao mesmo tempo, ele comandava o Jornal da Globo, no qual permaneceu de 1989 a 1993, e atuava como editor-chefe do Jornal Hoje. Foi só depois de se dividir em três que o tão sonhado convite para a bancada do Jornal Nacional chegou.
A estreia na bancada do maior jornal do país aconteceu em 1996, ao lado de Lillian Witte Fibe. Os dois permaneceram juntos até 1998, quando Fátima Bernardes assumiu o comando ao lado do então marido. Em 1999, mais uma promoção: Bonner tornou-se também o editor-chefe do Jornal Nacional – e manteve os dois cargos até hoje.
Divulgação/TV Globo
Mudança de nome
Na verdade, o nome real do jornalista não é tão diferente, mas precisou ser alterado na TV por uma questão bem específica. A decisão foi tomada assim que ele estreou na Globo, nos tempos do SPTV – 3ª Edição.
Acontece que o profissional foi registrado como William Bonemer Junior, mesmo nome de seu pai, médico pediatra. Então, para evitar ser confundido e importunações ao patriarca da família quando aparecia ao vivo na televisão, ele decidiu adotar um sobrenome diferente: Bonner.
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“Ele, médico, não poderia retirar o nome da lista telefônica. Aí, imaginei que melhor seria criar um nome novo, um pseudônimo, para dar paz ao doutor. Na hora, por similaridade sonora, pensei em Bonner. Era parecido com Bonemer, mais curto, fácil de pronunciar e ainda homenagearia Yelena Bonner, ativista dos direitos humanos”, disse ele em uma edição do Jornal Nacional.
Outra formação
E se você pensa que Bonner é formado em jornalismo, está muito enganado! Apesar de ser um excelente profissional e jornalista renomado, ele até fez um curso na área de comunicação na Universidade de São Paulo (USP), mas foi algo diferente: Publicidade e Propaganda.
Você poderá acompanhar William Bonner e Sandra Annenberg no Globo Repórter a partir de 3 de novembro, toda sexta-feira, às 22h30 (horário de Brasília), na TV Globo. No mesmo dia, César Tralli e Renata Vasconcellos passam a comandar o Jornal Nacional, de segunda a sábado, às 20h30.
