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Uma ideia e um sonho: 3 filmes que foram filmados com o celular – Notícias de cinema

Um deles chegou aos cinemas ainda esse ano.

A revolução digital no cinema permitiu transformações que, décadas atrás, pareciam improváveis. Hoje, não apenas câmeras são mais leves e portáteis, como também já é possível rodar longas-metragens inteiros com celulares. Sim, isso mesmo que você leu!

Essa mudança de paradigma tem gerado debates, desafiado padrões estéticos e ampliado o acesso à produção cinematográfica. A prática, embora ainda vista com ceticismo por parte da indústria tradicional, já se consolidou como ferramenta legítima — e até preferida — para diretores renomados.

Abaixo, o AdoroCinema reuniu alguns filmes marcantes que foram gravados com celulares e você não fazia ideia.

Extermínio: A Evolução

O novo capítulo da franquia foi filmado inteiramente com iPhones 15 Pro Max. Danny Boyle, em parceria com o diretor de fotografia Anthony Dod Mantle, quis recriar a estética crua do Extermínio original, de 2002, gravado com uma câmera digital de consumo.

A tecnologia atual, no entanto, trouxe outra dimensão visual ao projeto. “As câmeras evoluíram tanto desde 2002 que Extermínio: A Evolução acabou ficando natural, vibrante, até exuberante”, disse Mantle ao site The Credits. Rigs personalizados — tipo um suporte ou um “tripé” — com até 20 iPhones permitiram gravar múltiplas tomadas simultaneamente. “O rig cria um borrão violento de rostos, mas também impede que o ator, ou até eu, saiba qual quadro será usado.”

Distúrbio

Steven Soderbergh usou um iPhone 7 Plus para filmar esse thriller psicológico estrelado por Claire Foy. Na história, ela interpreta uma mulher que, sem saber, se interna em uma clínica psiquiátrica e tenta provar que não está louca, enquanto acredita que seu stalker trabalha no local.

A estética crua, acentuada pelo aparelho móvel, reforça a sensação de claustrofobia e paranoia. O longa-metragem também introduz uma crítica à lógica do lucro dentro da saúde mental, com pacientes sendo presos em instituições como parte de um esquema de seguros.

Tangerine

Dirigido por Sean Baker, Tangerine foi gravado com iPhones 5S e é considerado um dos retratos mais realistas de Los Angeles. A história acompanha um dia na vida de duas mulheres trans, Sin-Dee e Alexandra, trabalhadoras do sexo que enfrentam o abandono, o preconceito e a dureza das ruas.

A escolha por celulares confere à imagem uma textura fiel ao cotidiano: sem filtros nem embelezamento. A proposta de Baker, presente em toda sua filmografia, é humanizar personagens marginalizados. Graças a isso, Tangerine acabou se tornando um marco na representação LGBTQIA+ e na estética do cinema independente.

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