Amblin Entertainment, o selo de Spielberg, desenvolveu este caloroso filme de aventuras que estreou em 1995 e está muito pouco valorizado.
Em 1925, um cão-lobo chamado Balto vive nos arredores de uma pequena cidade do Alasca junto com seu pai adotivo, um ganso chamado Boris, e dois ursos polares, Muk e Luk. Como tem ascendência mestiça, os outros cães implicam com ele e teve que buscar sua própria família. Um dia, há um surto de difteria na cidade que afeta todas as suas crianças. Em pleno inverno, o transporte de medicamentos se complica, então a única via possível é utilizar os cães.
Diante dessa necessidade, Balto se apresenta voluntário para participar do grupo que viaje para conseguir o medicamento e ganha, mas outro cão da cidade, Steele, revela seu passado como cão-lobo e é desqualificado. Finalmente é a equipe de Steele que parte em direção ao medicamento, mas se desorientam e ficam perdidos.
Assim começa Balto, a bonita história de aventuras que desenvolveu a Amblin Entertainment, a produtora de Steven Spielberg, e que se tornou o terceiro e último filme de animação do estúdio. Embora nesta ocasião o gênio do cinema não tenha assinado o roteiro, supervisionou o processo e marcou as decisões mais importantes.
Amblin Entertainment / Amblimation
Sendo claros, o filme foi um fracasso econômico. Conseguiu arrecadar apenas 11 milhões nas bilheterias para os 31 que a empresa havia tido que investir e a crítica, basicamente, o destruiu. Foi o último filme de animação da Amblin que, depois do desastre de bilheteria de seus dois primeiros lançamentos – Um Conto Americano – Fievel Vai para o Oeste (1991) e Os Dinossauros Voltaram (1993) -, decidiu encerrar sua atividade e passá-la para a DreamWorks Animation – que, por sinal, a primeira coisa que estrearam foi Shrek.
Curiosamente, quando saiu à venda o VHS de Balto, teve um sucesso inesperado. A boa recepção do filme entre o público tornou possível que fossem desenvolvidas duas sequências que foram diretas para vídeo: Balto 2 – Uma Aventura na Terra do Gelo e Balto 3 – Mudando o Destino.
Apesar de ter sua própria franquia, Balto não aparece entre os filmes mais queridos pelas crianças dos anos 90. Antes na lista aparecem títulos como O Rei Leão ou Toy Story que, logicamente, deixaram uma marca mais profunda em nossas memórias. Mas o pequeno cão merece ter seu reconhecimento. Na verdade, o mítico Roger Ebert o apontou como um precioso “filme para crianças, com uma narrativa simples, cheia de emoção e personagens que te importam”.




