A ficção científica não é apenas um dos gêneros mais antigos da história do cinema, mas também um dos mais diversos. E certamente não faltam marcos neste gênero: temos 2001: Uma Odisseia no Espaço, Blade Runner, Laranja Mecânica, O Quinto Elemento, De Volta para o Futuro, Avatar e tantos outros que demonstram o quão magnífica e diversa a ficção científica pode ser.
Outro clássico não pode ficar de fora da lista: Akira. A adaptação do mangá de Katsuhiro Otomo não é apenas uma obra-prima, mas também um dos melhores filmes de ficção científica de todos os tempos.
É disto que se trata Akira
Em 1988, Tóquio foi completamente arrasada por uma gigantesca explosão que marcou o início da Terceira Guerra Mundial. 31 anos depois, a cidade renasce sob o nome de Neo-Tóquio, e o Japão se vê em uma época marcada por conflitos civis e revoltas estudantis contra as autoridades. A gangue de motociclistas de Shotaro Kaneda vaga pelas ruas da megalópole, sempre procurando confusão com gangues rivais. Enquanto fogem da polícia em uma noite fatídica, eles encontram um garoto misterioso com poderes sobrenaturais.
Toho
Ele é capturado por uma unidade do exército liderada pelo Coronel Shikishima. Mas, logo, os militares parecem estar de olho em Tetsuo Shima, o melhor amigo de Kaneda – que, após esse encontro noturno, não parece mais o mesmo de antes e luta contra uma agressividade crescente. A situação se complica quando Kaneda conhece o jovem lutador clandestino Kei, que, junto a um grupo de revolucionários, tenta sabotar um projeto militar secreto.
Akira é uma obra-prima
Com Akira, Otomo criou um marco na história da animação japonesa. Uma história complexa e filosófica é contada em imagens impactantes, que influenciariam e moldariam muitas obras posteriores, como Ghost in the Shell e, especialmente, Neon Genesis Evangelion.
A distopia envolvente permite que os espectadores formem suas próprias ideias. As possíveis interpretações do cerne da história são praticamente infinitas. Um aspecto particularmente importante de Akira é, obviamente, a referência histórica aos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, que também são abordados aqui e continuamente adicionam novas camadas ao filme de animação já tão envolvente e sofisticado.
Visualmente, Akira também é uma obra-prima absoluta. Capturar o mundo em que o filme se passa foi uma tarefa verdadeiramente gigantesca: 60 a 70 artistas criaram mais de 160.000 imagens individuais em 327 cores diferentes, resultando em uma experiência de visualização completamente única.
Akira está disponível na Netflix.
