Com seu segundo trabalho como diretor, Clint Eastwood surpreendeu o faroeste americano.
Clint Eastwood se tornou um ícone absoluto do faroeste nos clássicos de Sergio Leone: Por um Punhado de Dólares, Por Uns Dólares a Mais e Três Homens em Conflito. Mas com O Estranho Sem Nome, seu segundo trabalho de direção depois de Perversa Paixão, o ícone assumiu o gênero de uma forma particularmente horripilante – que foi até proibida na Alemanha!
É disto que se trata O Estranho Sem Nome
Um homem misterioso (Clint Eastwood) chega à pequena cidade de Lago. Ele é inicialmente visto com desconfiança pelos moradores, mas quando garante que colocará os canalhas locais em seus devidos lugares, os moradores tentam convencer o estranho a ficar.
Um grupo de bandidos deve chegar à cidade em breve, recém-saídos da prisão e em busca de vingança. Os habitantes pedem ajuda ao homem na luta contra os criminosos, e, depois de alguma hesitação, ele finalmente concorda em ajudar.
Universal Pictures
Um frenesi sombrio de violência
Embora O Estranho Sem Nome seja apenas o segundo trabalho de direção de Eastwood, ele nunca mais atuaria de forma tão bestial. Somos confrontados desde o início com um homem sem identidade que emerge como uma miragem da névoa cintilante da paisagem desértica. O que o preocupa fica claro depois de alguns minutos: violência.
Sua verdadeira motivação é puro egoísmo. Quando ele deixa a arma falar, não é para ajudar, mas para satisfazer seus próprios desejos (aqui principalmente vingança, mas muitas vezes também puro sadismo).
Como um faroeste profundamente sombrio, rústico e violento, O Estranho Sem Nome é, em última análise, convincente. Eastwood não é apenas muito habilidoso, mas também é impressionante em sua determinação de trazer à tona todos os aspectos cáusticos, imorais, duros e repugnantes da época (ainda um tanto) sem lei.
O Estranho Sem Nome está na Netflix e no Telecine (via Globoplay ou Prime Video).
