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Martin Scorsese e Steven Spielberg concordam: Este filme é o mais importante já feito – Notícias de cinema

Lendas do cinema compartilham o mesmo apreço a um dos maiores filmes de faroeste de todos os tempos.

Quando dois dos maiores cineastas da história, Martin Scorsese e Steven Spielberg, compartilham a mesma referência fundamental, toda a indústria cinematográfica deveria prestar atenção. A admiração mútua por Rastros de Ódio, obra-prima de John Ford de 1956, revela a influência monumental desse faroeste em seus trabalhos e, de forma mais ampla, na arte cinematográfica moderna.

Os dois gigantes que construíram o cinema moderno

Frazer Harrison/Getty Images

Se tivéssemos que escolher duas figuras cujas vozes têm peso no mundo do cinema, Martin Scorsese e Steven Spielberg seriam, sem dúvida, as escolhas óbvias. Esses contemporâneos forjaram carreiras impressionantes: Scorsese revolucionou o cinema americano com Taxi Driver aos 39 anos, enquanto Spielberg se consagrou como um prodígio global com Tubarão aos 27.

Desde o início de suas carreiras, seu gênio narrativo e visual moldou o imaginário coletivo. E a opinião compartilhada sobre o filme mais influente de todos os tempos atesta um raro consenso entre os mestres: Rastros de Ódio, de John Ford.

Rastros de Ódio, a bússola dos cineastas

Warner Bros. Pictures

Produzido em 1956, este épico faroeste é estrelado por John Wayne como Ethan Edwards, um veterano de guerra obcecado em encontrar sua sobrinha, sequestrada por nativos americanos. Mas por trás da trama de resgate, John Ford oferece uma profunda reflexão sobre ódio, isolamento e racismo — um sombrio espelho da América do pós-guerra. Para Steven Spielberg, Rastros de Ódio é um ritual criativo.

Antes de cada filmagem, ele revisita um ou dois filmes de Ford, frequentemente este. Ele o descreve como “um pintor clássico” que “celebra o enquadramento tanto quanto a ação”. Essa noção de enquadramento e composição também está presente em E.T., Guerra dos Mundos e O Resgate do Soldado Ryan, onde as paisagens contam uma história tão importante quanto os personagens.

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Scorsese e o lado sombrio do mito americano

Na obra de Martin Scorsese, a influência de Ford é mais psicológica do que pictórica. O crítico Roger Ebert observou que o personagem Ethan Edwards inspirou Paul Schrader a criar Travis Bickle, o protagonista atormentado de Taxi Driver. Em ambos os casos, um homem consumido pela obsessão e pelo ódio mergulha na autodestruição.

O próprio Scorsese homenageou Rastros de Ódio em seu primeiro longa-metragem, Quem Bate à Minha Porta? (1967), onde os personagens discutem o filme de Ford. Ainda em 2012, ele o considerava um de seus favoritos de todos os tempos, afirmando que John Ford “encena os piores aspectos do racismo em nosso país”, ao mesmo tempo que revela “o lado sombrio da psique americana”.

Um reflexo da América, entre a grandeza e a inquietação.

Warner Bros. Pictures

Sob sua aparência clássica de faroeste, Rastros de Ódio questiona o sonho americano. Ethan Edwards, um herói solitário, não triunfa: ele personifica o medo do outro, a violência de suas origens e a incapacidade de se reintegrar à civilização. A famosa imagem final — John Wayne enquadrado em uma porta antes de caminhar sozinho de volta para o deserto — resume a tragédia de um homem à margem de seu próprio país.

Considerado pelo American Film Institute como o maior faroeste americano de todos os tempos em 2008, Rastros de Ódio permanece uma fonte inesgotável de inspiração. George Lucas se inspirou nele para a cena do massacre da família em Star Wars, David Lean o estudou antes de filmar Lawrence da Arábia, e Spielberg e Scorsese ainda o veem como uma lição de direção e humanidade.

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Quase setenta anos após seu lançamento, Rastros de Ódio continua sendo o que Ford o fez: uma odisseia moral, um poema sobre violência e redenção, e o alicerce invisível sobre o qual se apoia grande parte do cinema moderno.

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