Dirigido por Bertrand Tavernier, A Vida e Nada Mais é um conceituado longa-metragem estrelado por Philippe Noiret.
De fato, não faltam obras cinematográficas de excelência com a temática da Primeira Guerra Mundial. Se através dos anos títulos como Sem Novidade no Front, 1917, Pelotão de Elite e mais conquistaram público e crítica, não podemos esquecer de A Vida e Nada Mais, um filme francês lançado em 1989 por Bertrand Tavernier.
Ambientada em 1920, a trama acompanha o major Delaplane, um homem encarregado de identificar os corpos dos soldados desaparecidos enquanto a França tenta se reconstruir após a Primeira Guerra Mundial. Em meio a essa tarefa árdua e desumanizadora, ele cruza o caminho de duas mulheres: Irène, que está em busca do marido desaparecido; e Alice, uma jovem viúva. Destas relações, surgem diferentes formas de lidar com a perda e a memória.
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UM GRANDE FILME SOBRE A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Com grande sensibilidade, La Vie et rien d’autre (no original) apresenta uma importante reflexão sobre o absurdo da guerra e a dignidade humana diante da tragédia – com a precisão histórica e o lirismo característicos do cinema de Tavernier. A inspiração para o longa-metragem partiu da leitura do prefácio de um livro de Didier Daeninckx, no qual ele mencionava o número de desaparecidos após a Primeira Guerra.
“Os números que consultei na enciclopédia Quid giravam em torno de 350.000 pessoas desaparecidas e esquecidas registradas no período imediatamente posterior à guerra”, afirmou Tavernier durante uma entrevista de 2001 (via Allociné). “Fiquei horrorizado. Me perguntei: ‘O que exatamente era uma pessoa desaparecida? Será que elas podem ser encontradas?’ A partir daí, a ideia foi desenvolver uma história sobre pessoas em busca de desaparecidos”, acrescentou.
No elenco, nomes conceituados do cinema francês estão presentes, como Philippe Noiret, Sabine Azéma, Maurice Barrier, François Perrot e mais. O roteiro foi assinado pelo próprio Tavernier, que contou com a ajuda de Jean Cosmos.




