Um filme histórico com uma heroína de ação moderna no papel principal? É exatamente isso que você encontra neste épico de batalha pouco conhecido.
A vida de Joana d’Arc foi filmada inúmeras vezes. Não é de se admirar, visto que a combatente da resistência francesa é uma das figuras mais icônicas da história da humanidade. O cineasta de ação francês Luc Besson também abordou esse capítulo inspirador de sua carreira.
O resultado é um filme que não leva os fatos históricos muito a sério. A interpretação da personagem principal é ainda mais emocionante: em Joana d’Arc, conhecemos a personagem-título como uma heroína destemida das telas. Ela é interpretada por ninguém menos que Milla Jovovich, estrela de Resident Evil.
Columbia Pictures
Em 1412, nasce em Domrémy, França, uma menina chamada Joana (Milla Jovovich). Ainda jovem, ela desenvolve uma religiosidade tão intensa que a fazia se confessar algumas vezes por dia. Eram tempos árduos, pois a Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra se prolongava desde 1337. Em 1420, Henrique V e Carlos VI assinam o Tratado de Troyes, declarando que após a morte de seu rei a França pertencerá a Inglaterra.
Porém, ambos os reis morrem e Henrique VI é o novo rei dos dois países, mas tem poucos meses de idade e Carlos (John Malkovich), o delfim da França, não deseja entregar seu reino para uma criança. Assim, os ingleses invadem o país e ocupam Compiègne, Reims e Paris, com o rio Loire detendo o avanço dos invasores.
Carlos foge para Chinon, mas ele deseja realmente ir para Reims, onde por tradição os soberanos franceses são coroados, mas como os ingleses dominam a região, isto se torna um problema. Até que surge Joana que, além de se intitular a “Donzela de Lorraine” tinha uma determinação inabalável e dizia que estava em uma missão divina, para libertar a França dos ingleses.
Desesperado por uma solução, o delfim resolve lhe dar um exército, com o qual ela recupera Reims, onde o delfim é coroado Carlos VII. Mas se para ele os problemas tinham acabado, para Joana seria o início do seu fim.
Besson, que co-escreveu o roteiro com o especialista em história Andrew Birkin, explora os momentos-chave da jornada de Joana d’Arc e também o tema do sofrimento que acompanha a personagem. Seria isso inspiração divina ou loucura?
Para Jovovich, que estreou na carreira de atriz dois anos antes de Joana d’Arc no clássico de ficção científica de Besson, O Quinto Elemento, o filme oferece diversas cenas nas quais ela pode demonstrar seu talento. O foco, no entanto, permanece firmemente na ação e em como Jovovich a conduz.
Joana d’Arc se encontra, portanto, em algum lugar entre uma aventura histórica, um filme de guerra e um blockbuster de ação. A próxima versão da história já está em andamento: Baz Luhrmann (Moulin Rouge) mergulha nesse passado com Isla Johnston (O Gambito da Rainha).
