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Homem é condenado aplicar golpe de dentro da prisão no Ceará

A Justiça condenou Uilliam Felipe dos Santos a quatro anos de reclusão e ao pagamento de multa pelo crime de estelionato mediante fraude eletrônica. A decisão ocorreu na terça-feira, 12, após ação do Ministério Público do Ceará (MPCE).

Mesmo detido no Instituto Penal Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II), em Itaitinga, ele utilizou um celular para aplicar o chamado “golpe da linha cruzada”, em um caso que envolveu a venda fraudulenta de uma motocicleta em Quixadá.

Para dar credibilidade, negociou simultaneamente com o verdadeiro proprietário e marcou a entrega na rodoviária de Quixadá, no dia 11 de janeiro.

Na ocasião, o comprador, a segunda vítima do golpe, testou a motocicleta e realizou duas transferências — uma de R$ 2 mil e outra de R$ 2,4 mil — para contas distintas, sendo uma delas vinculada a Uilliam.

A fraude foi descoberta somente após informar ao vendedor sobre o pagamento, já que os dados bancários não haviam sido fornecidos pelo verdadeiro anunciante. As vítimas registraram ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Quixadá.

A comprovação do golpe se deu por meio de conversas, áudios e até uma selfie de Uilliam dentro da cela, usada para validar a conta bancária virtual. Na sentença, a Justiça destacou que o uso de meios eletrônicos para obter vantagem ilícita configura estelionato digital, agravado pelo fato de ter sido cometido dentro do sistema prisional.

O réu poderá recorrer em liberdade e a multa aplicada será destinada ao Fundo Penitenciário Estadual.

O golpe da “linha cruzada”: entenda como acontece

O golpe consiste em copiar anúncios verdadeiros de vendas online, enganar compradores se passando pelo vendedor e direcionar os pagamentos para contas fraudulentas. Enquanto isso, o criminoso combina a entrega com o verdadeiro proprietário, mas embolsa o dinheiro.

Para evitar esse tipo de fraude, especialistas orientam:

  • desconfiar de preços muito abaixo do mercado;
  • evitar pagamentos antecipados;
  • verificar se os dados bancários correspondem ao nome do perfil do vendedor;
  • exigir documentos de identificação;
  • priorizar encontros presenciais em locais públicos e seguros.

Em caso de suspeita, a recomendação é registrar boletim de ocorrência e denunciar o perfil utilizado na fraude.

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