Ícone do cinema nos anos 1960, a atriz dividia o título de maior estrela mundial com outra lenda: Marilyn Monroe.
Se o cinema norte-americano tinha sua musa Marilyn Monroe, o francês tinha Brigitte Bardot! Um ícone absoluto das telas, “BB” — como era carinhosamente chamada — brilhou em clássicos como E Deus Criou a Mulher de Roger Vadim e A Verdade do cineasta Henri-Georges Clouzot.
Estrela de O Desprezo, de Jean-Luc Godard, a artista marcou a história do cinema com seu carisma, tornando-se símbolo de charme e rebeldia nos anos 1960.
Mas em qual filme ela começou?
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Brigitte iniciou a carreira como bailarina clássica, mas abandonou a dança para se tornar modelo. Depois de estampar várias capas da revista Elle, aos 16 anos, foi convidada pelo diretor Marc Allégret para um teste no projeto Les Lauriers sont coupés — que nunca saiu do papel. A oportunidade veio quando um amigo de seu pai a indicou para uma comédia ao lado de Bourvil, onde ela poderia ter um papel de destaque: Le Trou Normand.
Contra a vontade do então marido, Roger Vadim, BB aceitou a proposta, mas as filmagens se tornaram uma lembrança amarga. Sua inexperiência rendeu zombarias da equipe de maquiagem, cabeleireiros e até do produtor.
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Apesar disso, ela dividiu cena com Bourvil sob a direção de Jean Boyer. O ator interpretava seu personagem habitual da época: ingênuo, meio atrapalhado, mas de coração grande. No enredo, Hippolyte (Bourvil) só herdaria a pousada do tio se concluísse o ensino médio. Paralelamente, Augustine, cunhada do falecido, tenta reaver o estabelecimento.
Bardot vive Javotte, filha de Augustine e prima do protagonista. E, claro, o parentesco não impede os avanços do simpático Hippolyte em direção à jovem e sedutora prima!
E depois da estreia?
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Logo após, vieram Manina, la fille sans voiles de Willy Rozier e uma parceria com o ator Daniel Gélin. A atriz alternou entre produções francesas e italianas. Mas foi em 1956, que Vadim a consagrou como ícone em E Deus Criou a Mulher.
Brigitte estrelou romances açucarados (muitos esquecidos pelo público) e também obras aclamadas, dividindo a tela com Jean Gabin, Henri Vidal e Sami Frey. Em 1963, tornou-se lenda ao protagonizar O Desprezo, de Godard. Dali em diante, sua carreira decolou — tanto nas comédias populares quanto nos filmes cult.
Ela se aposentou das telas em 1973, após Se Don Juan Fosse Mulher e L’Histoire très bonne et très joyeuse de Colinot trousse-chemise




