Uma joia do cinema moderno de ficção científica que arrecadou menos do que custou para ser feito.
Já se passaram 19 anos desde que Alfonso Cuarón dirigiu um de seus melhores filmes e, definitivamente, um daqueles que o consolidaram como diretor, mas a premissa do filme Filhos da Esperança continua tão memorável e poderosa quanto era naquela época.
Ainda faltavam vários anos para que o cineasta arrebatasse o estrelato com Gravidade — vencedor de sete Oscars —, mas ele já havia se destacado na indústria com alguns de seus trabalhos anteriores, como Paris, Te Amo e, sobretudo, E Sua Mãe Também, por isso recorreram a ele para um ambicioso projeto de ficção científica que estava em andamento há alguns anos.
Universal Pictures / Prime Video
Em 1997, a Beacon Pictures adquiriu os direitos do romance Filhos da Esperança, de P.D. James, e depois que três roteiristas trabalharam no roteiro, Cuarón se juntou ao projeto, que levaria um tempo para decolar e passar por vários outros rascunhos.
As filmagens finalmente começaram em 2005, e o filme foi lançado em 2006 com aclamação da crítica. No entanto, Filhos da Esperança, agora um clássico cult e um dos melhores filmes distópicos já produzidos, não obteve sucesso de bilheteria.
Na verdade, podemos até falar de um claro fracasso comercial. Filhos da Esperança arrecadou 70,5 milhões de dólares em todo o mundo, enquanto seu orçamento de 76 milhões de dólares superou esse valor.
Um absurdo para um filme que tem nota praticamente perfeita no Rotten Tomatoes — 92% da crítica e 85% do público — e 84 no Metacritic, e que foi indicado a três Oscars: Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia e Melhor Edição.
Estrelando Clive Owen, Clare-Hope Ashitey, Julianne Moore e Michael Caine, entre outros, Filhos da Esperança nos leva a um ano que agora parece realmente próximo, 2027, para nos apresentar um cenário distópico em que a humanidade perdeu a capacidade de se reproduzir.
O ser humano mais jovem acaba de morrer aos 18 anos e a humanidade parece condenada. Diante de sua morte iminente, a anarquia está tomando conta da sociedade e o mundo está se tornando cada vez mais sombrio.
Universal Pictures / Prime Video
Nesta Grã-Bretanha infernal, Theo (Owen), um agente do governo desiludido, deve preservar a última centelha de esperança quando sua ex-namorada Julian (Moore) aparece e pede que ele use suas conexões políticas para obter documentos de trânsito para uma jovem chamada Kee (Clare-Hope Ashitey) que está grávida e precisa deixar o país com urgência.
Se você estiver curioso para conhecer essa obra de Cuarón, ou vê-lo novamente, o longa está disponível para compra ou aluguel no Prime Video.
