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Governo Trump baixa ordem para expulsar 1,4 milhão…

O governo do presidente americano, Donald Trump, deu aos funcionários da ICE, a temida polícia da imigração, o poder de deportar estrangeiros que foram autorizados a entrar nos Estados Unidos temporariamente durante a gestão de seu antecessor, Joe Biden, de acordo com um memorando interno da Casa Branca obtido pelo jornal americano The New York Times nesta sexta-feira, 24.

A medida afeta dois programas do governo anterior. O primeiro é um aplicativo chamado CBP One, usado por imigrantes para agendar audiências com autoridades americanas de fronteira e alfândega de modo a entrar legalmente no país. O segundo se trata de uma iniciativa que deu sinal verde à chegada de certas pessoas que fugiam de perseguição política em Cuba, na Nicarágua, Venezuela e Haiti.

Juntos, os programas permitiram a entrada de cerca de 1,4 milhão de imigrantes nos Estados Unidos desde o início de 2023. Eles foram os principais pilares da agenda do governo democrata para desencorajar entradas irregulares – e perigosas –, como a travessia pela “selva da morte” de Darién, permitindo certos caminhos legais.

Agora, o memorando do governo Trump, que foi assinado na noite de quinta-feira 23 pelo secretário interino de Segurança Interna, Benjamine Huffman, oferece aos funcionários da ICE um roteiro sobre como usar recursos amplos, antes reservados apenas a estrangeiros detidos na fronteira com o México, para remover rapidamente esse grupo de imigrantes.

Sob os programas do governo anterior, imigrantes receberam uma concessão de caráter temporário, para permanecer no país por até dois anos. O status legal é conhecido como “liberdade condicional”. O memorando indica que a deportação deles passa a ser permitida, independentemente do prazo que ainda tenham para desfrutar do status.

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As duas iniciativas da era Biden foram alvo de duros ataques dos republicanos, inclusive de funcionários do novo governo Trump. Críticos  afirmam que os programas facilitaram a imigração irregular sob o disfarce de ações governamentais.

Início da “deportação em massa”

Autoridades dos Estados Unidos já prenderam 538 imigrantes “ilegais criminosos” e deportaram “centenas” em uma grande operação nos primeiros dias do segundo mandato do recém-empossado presidente Donald Trump, informou a secretária de imprensa da Casa Branca na noite de quinta-feira 23.

“A Administração Trump prendeu 538 imigrantes ilegais criminosos e deportou centenas em aviões militares”, disse Karoline Leavitt na rede social X, antigo Twitter. “A maior operação de deportação em massa da história está em andamento”, completou.

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A ICE, a temida polícia de imigração, confirmou “538 prisões” e “373 ordens de detenção” em uma “atualização de aplicação da lei” no X. O órgão emite essas ordens para estrangeiros que foram presos por acusações criminais e que a agência acredita que podem ser deportados, a fim de mantê-los sob custódia.

Durante a campanha, Trump prometeu conduzir “a maior deportação da história dos Estados Unidos”, e nos primeiros dias de governo atuou nesta direção – embora tal operação deva encontrar entraves na Justiça e no caixa, já que estima-se que deportar 1 milhão de imigrantes ao ano, como prometeu, custaria 300 bilhões de dólares.

Decretos presidenciais anti-imigração

Na seara dos imigrantes ilegais, sua primeira medida foi estabelecer emergência nacional na fronteira sul, o que autoriza o redirecionamento de recursos para reforçar a segurança com tropas militares (1.500 soldados extras foram despachados na quarta-feira 22) e a retomada da construção do famoso muro.

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Ele também desativou um aplicativo criado no governo Biden para encaminhar pedidos de asilo e suspendeu todas as audiências marcadas. Conforme cansou de prometer, espalhou o terror entre os cerca de 11 milhões de estrangeiros em situação irregular ao autorizar batidas da ICE em santuários como escolas, igrejas e hospitais.

Em outro decreto, Trump classificou as gangues urbanas como organizações terroristas no nível de Al-Qaeda e Estado Islâmico, orientando o Departamento de Justiça a pedir pena de morte para ilegais que cometam crimes graves, uma postura linha-dura respaldada por 55% da população. O mesmo órgão, aliás, baixou orientação para que qualquer funcionário público ou policial que se recuse a cumprir as novas regras do cerco aos imigrantes ilegais seja afastado e processado.

O ato presidencial mais audacioso no quesito imigração é o que anula a concessão automática de cidadania americana a filhos de estrangeiros em situação irregular ou temporária. O direito está previsto na 14ª Emenda à Constituição, que diz que todas as pessoas nascidas nos Estados Unidos são cidadãs do país. Promotores em 22 estados governados por democratas já entraram na Justiça contra o decreto, e na quinta-feira 23 um juiz de Seattle bloqueou temporariamente a medida para análises.

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