Com Alan Rickman, também conhecido como professor de Hogwarts, Severus Snape, perdemos um ator – e cineasta – brilhante alguns anos atrás.
Antes de Yellowstone transformar Kevin Costner em ícone dos faroestes modernos, o ator já era símbolo de aventura e carisma em grandes superproduções dos anos 90 — e nenhuma delas ficou tão marcada no imaginário popular quanto Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões, lançado em 1991.
O filme reconta a lenda atemporal de Robin de Locksley (Costner), o fora da lei que, no final do século XII, roubava dos ricos para ajudar os pobres, sempre ao lado de seu bando rebelde na Floresta Sherwood. O longa foi um sucesso no mundo todo, arrecadando mais de 390 milhões de dólares, o que consolidou a produção como um dos maiores fenômenos de aventura daquela década.
Se Kevin Costner foi o herói que arrastou multidões às salas de cinema, foi Alan Rickman quem roubou a cena — literalmente! O ator britânico, já conhecido por seu papel como o vilão Hans Gruber em Duro de Matar — e mais tarde seria mundialmente conhecido como o professor Severus Snape em Harry Potter —, brilhou como o xerife de Nottingham, antagonista cruel, sarcástico e exageradamente cínico que se tornou um marco na construção de vilões no cinema.
Sob a direção de Kevin Reynolds, Rickman entregou uma performance tão marcante que lhe rendeu o BAFTA de Melhor Ator Coadjuvante, além de elogios quase unânimes da crítica. Mas o que poucos sabem é que, segundo o próprio Rickman, o mérito por suas falas afiadas e memoráveis não foi exatamente do roteiro original.
Warner Bros Pictures
“Preciso de algumas boas falas”
Em uma entrevista concebida em 2015, um ano antes de sua morte, Rickman revelou que detestou o roteiro escrito por Pen Densham e John Watson: “eu li e pensei: ‘isso é terrível. Preciso de algumas boas falas'”. Desesperado, ele recorreu ao amigo e dramaturgo Peter Barnes, com quem se encontrou em uma lanchonete de fast-food em Londres.
“Eu disse, ‘Você poderia dar uma olhada no roteiro? Porque é terrível. Preciso de algumas boas falas’ […] Ele fez isso [na hora], e é por isso que havia manchas de pizza, bacon e ovo por todas as páginas.”
O resultado? Uma atuação icônica, repleta de frases mordazes, expressões teatrais e um humor sombrio que elevou o personagem e o filme a um novo patamar. Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões está disponível no catálogo da Max.
Mesmo após mais de três décadas de seu lançamento, continua sendo uma aula de entretenimento épico, com tudo o que o público ama: ação, romance, heroísmo, e um vilão de primeira linha que quase faz a gente torcer por ele.
*Conteúdo Global AdoroCinema.
