O astro foi indicado por sua participação em O Estúdio.
Durante sua participação no The Tonight Show, Anthony Mackie foi surpreendido por Jimmy Fallon com os parabéns por sua recente indicação ao Emmy de melhor ator convidado em série de comédia, pela performance em O Estúdio, produção da Apple TV+ estrelada por Seth Rogen.
Apesar da boa notícia, Mackie revelou que, ao ser parabenizado no set onde estava trabalhando, pensou automaticamente que algum colega branco havia sido indicado no lugar dele.
“Eu estava no set… e olhei em volta e todo mundo estava tipo: ‘Parabéns!’ E eu pensei: ‘Ah, qual ator branco foi indicado?’ Porque eu sou a lenda dos atores brancos quando se trata de indicações e vitórias. Eu fiz o Ryan Gosling famoso. Eu fiz o Jeremy Renner famoso. Eu fiz o Bryan Cranston famoso. Agora fiz o Ron Howard famoso! Tipo, se você quer ser indicado, eu sou o cara. Sabe o que eu quero dizer?”, brincou o astro de Falcão e o Soldado Invernal.
A fala, em tom bem-humorado, expõe um histórico recorrente na trajetória de Mackie: o de ter suas atuações ignoradas por premiações enquanto colegas brancos ganham destaque. Em Half Nelson – Encurralados (2006), ele atuou com Ryan Gosling, que recebeu uma indicação ao Oscar.
Dois anos depois, esteve em Guerra ao Terror, vencedor do Oscar de melhor filme, ao lado de Jeremy Renner, também indicado. Em Até o Fim, viveu Martin Luther King Jr., com Bryan Cranston no papel de Lyndon B. Johnson — e novamente apenas o colega foi lembrado pelo Emmy.
Ao longo dos anos, o ator falou abertamente sobre a frustração com a falta de reconhecimento. Em entrevista à Esquire, durante a divulgação de Capitão América: Admirável Mundo Novo, disse: “Eu sei que já fiz pelo menos quatro atuações que poderiam ter sido indicadas — senão ao Globo de Ouro, então ao Oscar ou ao Emmy. Capitão América é meu Oscar, porque fui ignorado tantas vezes na minha carreira.”
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Em 2020, ao Men’s Health, Mackie também lembrou o impacto pessoal da ausência de indicações por Guerra ao Terror. “Aquilo importa pra caramba”, afirmou sobre o Oscar. “A gente tenta se proteger dizendo: ‘Estou fazendo o trabalho pelo trabalho’. Mas quando aquilo aconteceu com Guerra ao Terror, doeu. Precisei tirar um ano de folga.”
