A escolha de Katee Sackhoff para o papel de Starbuck não foi bem recebida por alguns fãs da versão original de 1978.
O remake de Battlestar Galactica é uma das melhores séries de ficção científica de todos os tempos. Temos muitos motivos para elogiá-la, mas hoje queremos destacar uma de suas protagonistas, Katee Sackhoff, cujo papel como Kara “Starbuck” Thrace a consolidou como uma lenda do gênero. No entanto, o início não foi fácil para ela.
Quando a série começou em 2003 com um filme para TV que imediatamente nos conquistou com sua história de sobrevivência e resiliência no espaço, muitos fãs da série original de 1978 ficaram chateados e expressaram seus sentimentos, usando os meios de comunicação disponíveis na época, para o SyFy e para a própria atriz.
Aqueles que assistiram às duas produções provavelmente conseguem adivinhar o motivo: na série dos anos 70, Starbuck era um galã, um personagem bastante rebelde, para ser honesto, e, portanto, interpretado por um homem. Mais especificamente, ele foi interpretado por Dirk Benedict, que você talvez se lembre de Esquadrão Classe A.
Muitos dos atributos da personagem permaneceram na nova versão criada por Ronald D. Moore, mas era claramente uma mudança de gênero com todas as implicações que isso acarretava, e para uma parte dos fãs, inicialmente foi uma afronta. Quando a série começou, as redes sociais estavam apenas começando, mas isso não impediu Katee Sackhoff de comparecer a uma convenção de quadrinhos e acabar sendo vaiada.
“Eles me vaiaram muito lá”
“Quando estivemos na Comic-Con de San Diego pela primeira vez, estávamos no Hall H e eu fui vaiada. Fui mesmo vaiada. Naquela época, a internet praticamente não existia. Estava apenas começando. Então fui a uma lan house porque alguém disse: ‘Acho que estão falando sobre a série em alguns fóruns’. E eu perguntei: ‘O que é a internet?'”, relembrou a atriz em entrevista ao podcast The Joe Rogan Experience (via GameStar).
De fato, ela acrescentou que começou a receber uma enxurrada de comentários odiosos em fóruns na época, então decidiu, para seu próprio bem, não se procurar online.
SyFy
E isso a afetou pessoalmente? “Eu estaria mentindo se dissesse que não doeu. Mas, felizmente, havia pessoas suficientes apoiando o programa, então não dei muita importância”, explicou. “Além disso, eu estava na idade perfeita na época; acho que algo assim me afetaria muito mais hoje em dia. Mas, aos 23 anos, eu era ingênua e despreocupada. De qualquer forma, não achei que o programa fosse durar muito tempo, então não me importei; não foi grande coisa. Foi só um pequeno momento, tipo, ‘Ei, estou no Hall H!’. E então, acho que aos poucos fomos conquistando as pessoas”, concluiu.
