Foi um fracasso de bilheteria tão grande quanto injusto.
Hoje eu gostaria de falar sobre aquele que, sem dúvidas, é um dos filmes de ficção científica mais controversos dos últimos anos: Matrix Resurrections.
Por muito tempo, pareceu que o decepcionante terceiro filme da saga, Matrix Revolutions, seria o último, mas Lana Wachowski encontrou uma ideia para continuar explorando o famoso universo. Claro que o que o filme ofereceu ao público foi muito diferente do que normalmente se espera em casos como esse, pois deixou de lado a aposta fácil na nostalgia para optar por uma releitura meta que irritou alguns fãs da franquia.
Warner Bros.
Essa ousadia é o que faz Matrix: Resurrections se destacar muito acima de outros sucessos de bilheteria, pois certamente oferece o espetáculo visual que se deseja, mas o faz brincando de criar algo diferente. Embora o resultado não tenha sido totalmente perfeito, retornar à maneira usual de fazer as coisas não teria sido mais do que um mero esforço financeiro para tentar ganhar alguns milhões nas bilheterias. E também era possível perceber o quanto Keanu Reeves se sentia confortável em fazer algo diferente.
Um tremendo fracasso
Mas, claro, a Warner poderia ter preferido assim, porque Matrix: Resurrections foi um fracasso inegável nos cinemas: custou US$ 190 milhões e arrecadou apenas 157 milhões. É verdade que foi lançado simultaneamente em streaming na Max, uma ideia que certamente fez o estúdio perder muito dinheiro, mas há outros títulos lançados naquele ano, como Duna ou Godzilla vs. Kong, que foram muito melhores nos cinemas.
Matrix: Resurrections está na Max e no Prime Video (assim como os demais filmes da franquia).