Kevin Costner faz trabalho duplo neste faroeste único.
Com o passar do tempo, uma das piores descobertas daqueles que adoram cinema surge mais cedo ou mais tarde: é e será impossível assistir a todos os filmes que gostaríamos durante toda a vida. Por isso é importante aproveitar o precioso tempo para embarcar em narrativas que possam valer à pena: seja por uma narrativa grandiosa, seja pelo simples fato de promover emoções fortes e honestas durante sua reprodução.
Para aqueles que gostam de um bom faroeste, Kevin Costner tem boas entradas no gênero. Com créditos em Silverado, Wyatt Earp e Pacto de Justiça – que ele também dirige -, o artista também esteve nas telinhas com Hatfields & McCoys e o sucesso absoluto Yellowstone. Entre suas contribuições ao estilo, há um que merece atenção especial e nem sempre é mencionado: Dança com Lobos.
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Dança com Lobos começa durante a Guerra Civil Americana. Acompanhamos John Dunbar, um soldado destinado à morte certa, que por acaso realiza uma façanha militar. Ferido, ele é enviado como batedor para as planícies de Dakota, onde conhece o povo Sioux e faz amizade com uma população sobre a qual nada sabe. Tanto em sua versão longa (3 horas e 56 minutos) quanto em sua versão “normal” (3 horas e 01 minuto), é uma experiência imperdível.
Ele representa a cultura nativa e seus representantes talvez como nunca antes. O herói pode ser branco, mas não há como negar a intenção profundamente humanista e anticolonial do filme. A direção evita o espetacular, explorando a intimidade dos personagens e mostrando a complexidade de um mundo ameaçado e à beira da destruição.
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Essa foi a estreia de Costner na direção e o filme ganhou 7 Oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado (adaptado de Michael Blake) e Melhor Fotografia (a sublime visão de Dean Semler sobre a natureza).
Apesar de ser um clássico, o filme não está disponível em nenhuma plataforma de streaming em território brasileiro, tão pouco para venda ou aluguel digital, o que é uma grande perda.




