Um filme lançado há 9 anos, mas que desde então foi injustamente esquecido.
Desde Feitiço do Tempo, sabemos como os loops temporais funcionam em filmes de ficção científica. Normalmente, alguém precisa reviver um mesmo dia diversas vezes para assim descobrir o motivo das viagens involuntárias. Essa é a única maneira de quebrar o ciclo. Desta forma, ARQ, da Netflix, também abordou esse conceito em 2016. Se você ainda não assistiu, com certeza deveria fazê-lo.
ARQ nos torna reféns do tempo
Na trama, o engenheiro Renton (Robbie Amell) acorda às 6h16 ao lado de sua ex-namorada Hannah (Rachael Taylor). Pouco tempo depois, três homens invadem seu quarto e ele quebra o pescoço ao cair de um lance de escadas. Contudo, Renton acorda novamente e descobre que está preso em um loop temporal.
Como o rapaz se lembra de seu fracasso anterior, tenta escapar de sua prisão no tempo reagindo ao perigo iminente. Renton logo percebe que não apenas seus sequestradores estão aqui por causa de uma de suas invenções, mas também que suas reinicializações matinais estão ligadas à chamada máquina ARQ, que está em sua casa. Esse dispositivo futurista deveria servir como uma fonte de energia autossuficiente para salvar a humanidade, mas aparentemente também tem outros fins.
Netflix
O longa-metragem é ambientado quase o tempo todo no prédio em que Renton está. No entanto, não chega a ser entediante, pois a cada novo loop temporal, reviravoltas acontecem, colocando os eventos sob uma luz diferente. Como o enredo apresenta uma grande quantidade ganchos, o espaço limitado se torna uma âncora dentro da própria narrativa.
Assim como em A Morte Te Dá Parabéns, os despertares de Renton geralmente terminam fatalmente antes do início da reinicialização. O fato de a Netflix ter escolhido a recomendação de idade de 16 anos é justificável, pois na luta contra chantagistas e sequestradores as coisas podem ficar sangrentas.
Quem acha que já viu a temática de loop temporal interpretada muitas vezes em títulos como Contra o Tempo, No Limite do Amanhã e outros, em ARQ, podemos esperar uma variação inteligente do tema. Quando pensamos que já entendemos a premissa da obra, ela se reinventa, criando a sensação de novidade.




