As coisas poderiam ter sido diferentes na comédia de zumbi…
O orçamento era administrável e o elenco não era mundialmente famoso, mas havia muito humor, coração e alma no filme: em 2004, a comédia de terror de Edgar Wright, Todo Mundo Quase Morto, foi lançada, contribuindo significativamente para o renascimento do gênero zumbi.
O público ficou encantado com a mistura de terror e comédia e com a história de Shaun (Simon Pegg) e seu amigo Ed (Nick Frost). Mas, como o ScreenRant apontou recentemente, as coisas poderiam ter sido bem diferentes no filme: ninguém menos que Kate Winslet foi convidada para um papel coadjuvante – o que, de acordo com Wright, teria mudado tudo…
O estúdio queria um poder estelar
Universal Pictures
Em 2021, Clark Collis publicou o livro You’ve Got Red On You: How Shaun Of The Dead Was Brought To Life. Com base em várias conversas com Wright e a equipe, ele recontou a gênese de Todo Mundo Quase Morto e revelou alguns detalhes surpreendentes – como o fato de que a produtora Studiocanal pediu ao diretor que escalasse pelo menos um nome conhecido. Para viver a mãe de Shaun, Barbara, sugeriram Helen Mirren, mas ela recusou.
O foco seguinte foi o papel da ex-namorada de Shaun, Liz, oferecido a Winslet. Segundo Wright, a atriz gostou muito do roteiro, mas escolheu um projeto diferente na época: Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças.
Wright não ficou nem um pouco incomodado com a rejeição de Kate; em vez disso, disse estar aliviado: “Ela é tão famosa que, uma vez que entra, o filme automaticamente se torna o filme da Kate Winslet. Ela é brilhante, mas era óbvio que a fama dela prejudicaria o filme, talvez de uma forma não muito útil.”
A avaliação de Wright é mais do que compreensível quando você considera que Todo Mundo Quase Morto se tornou um sucesso surpresa justamente porque o público não tinha expectativas concretas: era apenas o segundo longa-metragem de Wright e nenhum dos atores – exceto talvez Bill Nighy – era conhecido pelo grande público.