Steven Spielberg é considerado o padrinho do cinema blockbuster moderno – e com razão.
Com Os Caçadores da Arca Perdida (1981), E.T. – O Extraterrestre (1982) e Jurassic Park – Parque dos Dinossauros (1993), Steven Spielberg criou alguns dos maiores sucessos de bilheteria da história do cinema – sem mencionar todas as outras obras-primas e clássicos pelos quais foi responsável. Chamá-lo de mestre do cinema, portanto, não é nenhum exagero. No entanto, o maior sucesso da carreira do cineasta, vencedor de três Oscars, é um filme um pouco mais antigo.
Tubarão foi o primeiro blockbuster de verão da história do cinema. Isso é confirmado tanto pelo Guinness World Records quanto pelos resultados de bilheteria: as pessoas fizeram fila na rua para ver o filme de monstro definitivo – tornando-o o primeiro longa a arrecadar mais de 100 milhões de dólares nos EUA. E foi muito além: somando mais de 266 milhões no mercado interno e mais de 476 milhões no mundo todo – tornando-se não apenas a produção de maior bilheteria de todos os tempos em meados da década de 1970, mas também impulsionando a carreira de Spielberg para um novo patamar.
O acaso que mudou o cinema: Como este ator conquistou Steven Spielberg e virou o herói de Tubarão
Esta obra-prima do suspense agora está disponível na Netflix e Telecine.
Ele ainda é considerado o ápice do gênero de filmes de tubarão, que viu um ressurgimento de popularidade nos últimos anos com produções como Sharknado e Megatubarão. O longa transformou Steven Spielberg de um aspirante a cineasta independente, que fazia filmes para a TV, no mais promissor de Hollywood. Acima de tudo, a entrada de milhões de dólares lhe permitiu dirigir grandes lançamentos cinematográficos. O resto é história.
Zanuck-Brown Productions
Cinema de suspense em sua melhor forma
O clássico de Spielberg não perdeu nada de seu impacto meio século após seu lançamento nos cinemas. Embora talvez não lotasse mais praias, ainda proporciona uma experiência emocionante para o público. Isso se deve, sem dúvida, em grande parte ao fato de que o destino parecia ter interferido na produção. E, no fim, interferiu mesmo.
Devido a problemas técnicos, o tubarão animatrônico, batizado de Bruce (em homenagem a Bruce Ramer, então advogado de Spielberg), não se comportou como o cineasta havia imaginado. Isso atrasou diversas vezes as filmagens, levando o diretor a decidir, por fim, usar a criatura com menos destaque no filme. Uma reviravolta feliz, como se viu. Isso permite que a tensão cresça gradualmente, revelando cada vez mais a grande ameaça, que assim permanece envolta em mistério por um longo tempo – e irradia um perigo ainda maior. E quando o monstro aparece em toda a sua glória, o momento é ainda mais impactante.
