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EUA x Venezuela: governo Trump divulga primeiras FOTOS de porta-aviões em formação militar após chegada à América Latina

A Marinha dos Estados Unidos divulgou na noite de terça-feira (14) as primeiras fotos do grupo de ataque do maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford, após sua chegada à região do mar do Caribe e em meio a uma escalada de tensões sem precedentes entre o governo Trump e o regime Maduro.

As fotos divulgadas pelo governo Trump mostram o porta-aviões USS Gerald Ford navegando em formação com as outras embarcações que compõem o grupo de ataque —os destróieres USS Winston Churchill, USS Mahan, e USS Bainbridge—, além de aeronaves sobrevoando os navios, como jatos de ataque e um avião bombardeiro B-52 Stratofortress.O porta-aviões chegou à região da América Latina na terça-feira.

O governo de Donald Trump emprega uma campanha de pressão contra o presidente Nicolás Maduro, da Venezuela, que denuncia tentativas de o tirar do poder. A Casa Branca alega que está fazendo uma operação militar contra cartéis de drogas latino-americanos, contra os quais Trump diz estar em guerra, ao mesmo tempo que acusa Maduro de liderar o Cartel de Los Soles.

O secretário de Guerra americano, Pete Hegseth, anunciou na quinta-feira a operação “Lança do Sul” contra o narcotráfico, o que aumentou os temores por uma investida direta dos EUA, com bombardeios pontuais ou incursão por terra, em solo venezuelano. 

As fotos foram tiradas ainda na quinta e divulgadas pela Marinha americana no mesmo dia, algo que geralmente não acontece, especialmente com equipamentos militares e manobras em evidência ou envolvidas em operações de alta importância para o governo dos EUA. A publicação de imagens desses aparatos militares com delay, como geralmente acontece, ou sem, pode indicar estratégia e intenções por trás.

Não se sabe ao certo a localização exata do USS Gerald Ford, apenas que o porta-aviões e seu grupo de ataque estão na região de operações do Comando Sul do Exército americano, ou seja, próximo da América Latina. Dois aviões de carga C-2A Greyhound provenientes do porta-aviões foram detectados por plataformas de monitoramento aéreo aterrissando nesta quinta em Porto Rico, o que indica que o grupo de ataque está próximo do local.

No momento, um ataque direto dos EUA em território venezuelano depende apenas de uma justificativa jurídica para tal, segundo reporta a imprensa americana. O presidente Trump recebeu na quinta-feira do Exército americano uma série de opções para atacar a Venezuela, segundo a “CBS News”

O envio do grupo de ataque USS Gerald Ford, que inclui três destróieres e até 90 aeronaves a bordo, constituiu uma escalada massiva da pressão do governo Trump contra o regime Maduro. Segundo especialistas consultados pelo g1, o emprego do maior porta-aviões do mundo na campanha perto da costa da Venezuela é um “sinal inequívoco” de que Trump está disposto a utilizar força militar contra Maduro.

As embarcações e aeronaves do grupo Gerald Ford se somam à já grande presença militar dos Estados Unidos no mar do Caribe, que inclui diversos navios de guerra, jatos de combate F-35, helicópteros de operações especiais e aviões bombardeiros. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusa os EUA de buscarem tirá-lo do poder e denunciou estarem “inventando uma guerra” para justificar a ação.

Tensões EUA x Venezuela

Os governos Trump e Maduro travam uma escalada de tensões sem precedentes desde agosto, quando o presidente americano designou cartéis de drogas latino-americanos como organizações terroristas e ordenou operações militares contra eles.

O governo Trump também acusou Maduro de chefiar o Cartel de Los Soles, dobrou a recompensa por sua captura para US$ 50 milhões e enviou dezenas de navios e aeronaves de guerra para o sul do Caribe, incluindo o maior porta-aviões do mundo —todas essas ações foram vistas por especialistas como instrumentos de pressão contra o presidente venezuelano.

Trump também chegou até a admitir ter autorizado operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) na Venezuela e indicar que operações terrestres contra cartéis de drogas teriam início em breve. No início do mês, Trump disse à TV “CBS” acreditar que os dias de Maduro na presidência “estão contados”.

O jornal americano “The Wall Street Journal” revelou no fim de outubro que o governo Trump está considerando bombardear alvos militares na Venezuela e já teria os mapeado. Essa ação ocorreria sob a acusação de que essas instalações estariam sendo utilizadas para o tráfico de drogas. Após a reportagem, o presidente americano negou ter planos para ataques dentro do território venezuelano.

Segundo especialistas, o motivo do conflito se dá por conta do interesse dos norte-americanos em tentar derrubar Maduro, e pela vontade dos EUA de acessar as reservas de petróleo e às riquezas minerais da Venezuela.

O governo dos Estados Unidos, no entanto, afirma que esses movimentos são somente ações de combate ao narcotráfico.

Diante da escalada militar dos EUA, o governo venezuelano pediu ajuda dos aliados Rússia e China, segundo o jornal americano “The Washington Post”. O governo russo disse estar pronta para ajudar Venezuela, porém não especificou como.

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