Nova análise entre fãs de Jurassic Park sugere que Roland Tembo, caçador de O Mundo Perdido, pode não ser o verdadeiro vilão da história, mas sim um dos personagens mais complexos da franquia.
Depois de quase três décadas e várias sequências, fãs de Jurassic Park estão revendo quem realmente foi o vilão em O Mundo Perdido: Jurassic Park. Desde o lançamento em 1997, muitos apontavam Roland Tembo, o caçador de dinossauros vivido por Pete Postlethwaite, como o principal antagonista da história. Mas uma nova teoria que circula entre admiradores da franquia mostra que ele pode ter sido um dos personagens mais humanos, e até éticos, da série.
Roland Tembo, o “antagonista” que não era tão vilão assim
Inspirado no livro de Michael Crichton, o filme trouxe de volta Steven Spielberg à direção e expandiu o universo criado em 1993. A trama acompanha Ian Malcolm (Jeff Goldblum), que retorna relutante à ação para salvar sua equipe e impedir que um T. rex chegue a San Diego. Entre empresários gananciosos e mercenários, Roland Tembo se destaca como o líder da expedição contratada pela InGen para capturar os dinossauros.
Logo nas primeiras cenas, fica claro que Tembo é diferente dos demais. Ao lado de seu companheiro Ajay Sidhu, ele mostra que não está em busca de fama ou dinheiro. Seu único objetivo é enfrentar o maior desafio de sua carreira: caçar um T. rex macho, ou, como ele chama, um “buck”. É uma motivação simples, mas que revela um código próprio de honra. Mesmo atravessando limites éticos, como sequestrar um filhote de T. rex para atrair os pais, Roland demonstra respeito pela natureza e pelos animais que caça.
Um caçador com honra em meio ao caos de Isla Sorna
A morte de Ajay muda tudo. Quando o amigo é atacado por velociraptors, o caçador finalmente percebe o custo real de sua obsessão. Ele chega a capturar o T. rex com dardos tranquilizantes, mas o triunfo não tem sabor de vitória. Ao ser convidado por Peter Ludlow para assumir um cargo no novo parque, recusa, dizendo ter passado “tempo demais na companhia da morte”. A frase resume seu arco: Roland não é derrotado, apenas entende que venceu algo que jamais deveria ter enfrentado.
Em contraste, personagens como Nick Van Owen, o ativista que sabota a operação da InGen, acabam provocando mais destruição do que impedindo. A diferença é que Tembo assume suas falhas e se despede do público transformado — um tipo raro de responsabilidade moral nos filmes da franquia.
Para muitos fãs, é isso que torna Roland Tembo tão interessante. Ele não busca redenção, mas também não age por pura maldade. Age por instinto, vive segundo um código e, no fim, reconhece seus erros. Em uma saga onde os verdadeiros monstros costumam ser humanos cegos por ambição, o caçador de O Mundo Perdido talvez nunca tenha sido o vilão que o público imaginava.




