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Nosso Lar 3: O fenômeno de bilheteria do cinema nacional retorna com tecnologia de ponta e “uma história de amor no mundo espiritual” (Visita ao Set) – Notícias de cinema

Carol Castro e Fábio Assunção protagonizam o terceiro filme da saga baseada na literatura psicografada por Chico Xavier.

Há uma concepção equivocada de que filmes nacionais não lotam cinemas, muito menos se não forem de comédia. O drama espírita Nosso Lar é uma prova que desbanca rapidamente esse argumento, levando em conta que o filme de 2010 vendeu mais de 4 milhões de ingressos. Agora, 15 anos depois, a franquia se prepara para voltar às salas de todo o país com Nosso Lar 3 – Vida Eterna.

O AdoroCinema recebeu o convite para passar um dia no set de Nosso Lar 3, que foi gravado no Rio de Janeiro. Tive a oportunidade de acompanhar a filmagem de uma cena, além de entrevistar o diretor Wagner de Assis e os protagonistas Carol Castro e Fábio Assunção. O longa é produzido pela Cinética Filmes e distribuído pela Star Distribution, do grupo The Walt Disney Company e ainda conta com grandes nomes como Ana Kutner, Othon Bastos e Renato Prieto no elenco.

Qual é a história de Nosso Lar 3: Vida Eterna?

Baseado no livro “Obreiros da Vida Eterna”, a trama acompanha Zenóbia (Carol Castro) e Domênico (Fábio Assunção), que se apaixonam quando jovens, mas por uma decisão do pai de Zenóbia, não puderam ficar juntos como um casal. Com o caminhar da vida, cada um seguiu seu caminho, até se reencontrarem em outro plano em posições opostas que entram em choque com seus fortes sentimentos pelo outro.

O longa trabalha uma missão de socorro espiritual, cheia de amor incondicional por vivos e “mortos e também apresenta novos personagens que terão papel essencial diante dos desafios de dar uma nova chance e perdoar aqueles que desejam recomeçar.

O novo “Nosso Lar” é uma jornada espiritual em nome do amor

Ique Esteves

Assim como Nosso Lar e Nosso Lar 2: Os Mensageiros, o terceiro capítulo da franquia liderada por Wagner de Assis segue os relatos do espírito André Luiz, que foram psicografados por Chico Xavier em centenas de livros. Mas, ainda que o Espiritismo seja a base para a construção dos filmes, o diretor faz questão de defender que a produção pode tocar todos, independente de crença — e a prova disso é que os dois primeiros filmes tiveram um alcance enorme com o público geral:

“Esse é um filme para quem conhece os conhecimentos espirituais, mas também é para quem não entende nada disso. A pessoa tem que assistir e dizer ‘Caramba, eu reconheço o que está acontecendo na tela. São propostas muito universais, a gente apostou nisso, continua apostando e vendo que está sendo bem sucedido. É muito gratificante você poder filmar uma franquia de sucesso no Brasil que não seja uma comédia ou uma coisa de um gênero que já é consagrado, como a ação policial, enfatiza Assis.

O diretor conta que o elenco e a equipe criativa tiveram workshops com a Federação Espírita Brasileira para entender os pontos de conexão do roteiro com questões de espiritualidade. Ele argumenta que sua prioridade no processo criativo é “o entendimento do texto estar acima de qualquer coisa”.

7 obras que retratam a vida após a morte de maneiras diferentes

Quando se trata das mensagens propostas pelo enredo, Carol Castro aponta que a sensibilidade deles transpõe a religiosidade e destaca o papel de Zenóbia, a protagonista, como exemplo de como ela toca em mensagens de impacto coletivo:

“Nós estamos com forças sutis, com energia quem precisam, com certeza, de muito respeito. Então, isso circunda os bastidores e o filme em si também, na mensagem dele para o mundo. A Zanóbia é esse líder feminino que tem essa missão de resgatista, que é um lugar de conforto, mas também é um lugar de luta para quem queira assumir tudo o que fez, reconhecer e evoluir. Eu espero que isso toque e fure a bolha, porque é um trabalho de espiritualidade, mas é, principalmente, sobre amor”, afirma a atriz.

Carol Castro e Fábio Assunção repetem parceria de Garota do Momento, agora com um romance transcendental

Rede Globo

Em “Vida Eterna”, os amantes Zenóbia e Domênico se reencontram após a morte depois que a vida terrestre levou-os para caminhos totalmente diferentes — algo que é refletido em suas respectivas missões e “estados” no plano espiritual. Ainda assim, a paixão que eles compartilham transcende e desafia até o próprio umbral.

Os protagonistas repetem a parceria pouco tempo depois de viverem um casal com uma relação extremamente complicadada em Garota do Momento, novela das seis que foi ao ar até junho deste ano. No folhetim, Fábio interpretou o vilão Juliano, que passou anos fazendo diversas maldades com Clarice, a personagem de Carol, chegando a interná-la em um manicômio.

Com o curto intervalo entre uma produção e outra, os atores admitem que foi impossível evitar comparações e brincadeiras do público. Assunção conta que eles chegaram a compartilhar piadas que os fãs postaram quando a escalação da dupla foi anunciada em julho:

“Vale dizer que quando a gente fez o primeiro vídeo de divulgação, que os comentários eram fantásticos.’Pô, o Juliano está preso e foi perseguir a Clarice até no inferno’. Então, assim, foi genial, porque eu e a Carol rimos muito disso. Eu acho que a Carol é uma atriz fenomenal e repetir a parceria é um privilégio”, conta o intérprete de Domênico.

Nosso Lar 3 investe em tecnologia avançada usada em O Auto da Compadecida 2

Ique Esteves

Para o terceiro volume da franquia, a produção investiu em um recurso que está começando a ser introduzido no cinema brasileiro: cenários criados a partir de um telão de LED 180°. O painel de 200 metros quadrados transmite as imagens em movimento para que os atores pudessem interagir com o ambiente em tempo real durante as filmagens.

A mesma tecnologia foi utilizada recentemente para recriar a cidade fictícia de Taperoá em O Auto da Compadecida 2, de Guel Arraes e Flávia Lacerda. Mesmo avançada, a ferramenta vem se mostrando controversa, mas tanto a equipe criativa quanto o elenco de Nosso Lar 3 defende que usar a tela expande as possibilidades de contar uma história que requer uma “transgressão do mundo real”:

“A gente percebeu que o cenário oferece uma liberdade criativa quase sem limites e é claro que com esse tipo de tecnologia, a gente consegue dar passos mais além. Porém, como toda tecnologia, ela não é perfeita e a gente tem que ficar aprendendo com e entender que que existem alguns limites físicos e técnicos. Eu acho que para esse tipo de projeto que a gente faz, a gente conseguiu uma ferramenta muito boa agora”, explica Wagner.

Fábio Assunção ainda ressalta que juntar a tela de LED com a caracterização sofisticada e cuidadosa dos personagens resulta em uma experiência de interpretação imersiva e teatral para os atores:

“A gente criou uma figura bem lúdica [com a caracterização] e conversa justamente com o espaço. Aquilo é um teatro com um LED atrás. Então ali, quando a gente fala, tem um eco que te faz impor mais a voz, o que te leva a ficar maior. O teatro tem isso. Você naturalmente já ocupa um espaço maior, mais periférico, não é só câmera”, detalha.

Nosso Lar 3 – Vida Eterna está previsto para estrear no dia 21 de janeiro de 2027 nos cinemas brasileiros.

Fonte Matéria

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