A utilização de IA tem acendido diversos debates na indústria cinematográfica.
Não é novidade que o uso de inteligência artificial se proliferou nos últimos anos. Hollywood continua a debater a utilização da ferramenta em suas milionárias produções, e a Disney supostamente descartou algumas ideias devido a toda a controvérsia em torno do tema.
Segundo um relatório do The Wall Street Journal (via Deadline), o estúdio queria clonar digitalmente Dwayne Johnson em Moana – uma adaptação em formato live-action que chegará aos cinemas em 2026. O movimento consistiria na utilização de uma técnica de IA chamada deepfake, que colocaria o rosto do ator no corpo do dublê Tanoai Reed.
“A Disney trabalharia com a empresa de IA Metaphysic para criar deepfakes do rosto de Johnson que poderiam ser sobrepostos à performance de Reed na filmagem – um ‘dublê digital’ que efetivamente permitia que Johnson estivesse em dois lugares ao mesmo tempo”, afirmou o The Wall Street Journal.
Embora The Rock tenha aprovado a ideia, a Disney “preocupou-se” com a possibilidade de “não conseguir reivindicar a propriedade de todos os elementos do filme se a IA gerasse partes dele”. Desta forma, a companhia e a IA Metaphysic não chegaram a um acordo, descartando momentaneamente o artifício.
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Vale ressaltar que uma situação parecida ocorreu em Tron: Ares, um filme de ficção científica que gira em torno das implicações das inteligências artificiais no mundo real. De acordo com o Deadline, executivos deram a ideia de incorporar IA em um dos personagens do longa, mas foram informados de que “a empresa não podia correr o risco de publicidade negativa”.
Em 2023, atores e roteiristas de Hollywood movimentaram uma greve que paralisou diversas produções, e uma das reivindicações era exatamente a regulamentação do uso de IA no audiovisual.