O longa-metragem britânico continua conquistando corações mais de uma década após seu lançamento.
Questão de Tempo (2013), o cativante filme dirigido por Richard Curtis, conquistou um lugar especial no coração do público e continua sendo uma das histórias mais tocantes dos últimos anos. Já disponível no Prime Video, seu retorno às plataformas é a desculpa perfeita para assisti-lo — ou revivê-lo — com alguém que você ama, ou naqueles dias em que a saudade é ainda maior.
À primeira vista, a trama pode parecer apenas mais uma comédia romântica: um jovem tímido e um tanto desajeitado descobre que os homens de sua família têm a capacidade de viajar no tempo. O que poderia ter se tornado uma fantasia leve ou um exercício de ficção científica se torna, nas mãos de Curtis, uma profunda reflexão sobre a passagem do tempo, a família e o valor da vida cotidiana.
Aqui, a viagem no tempo não é uma ferramenta para alterar o passado em grande escala, mas um recurso para se demorar nas pequenas coisas: um café da manhã silencioso, uma tarde chuvosa, uma conversa com o pai.
Estrelado por Domhnall Gleeson e Rachel McAdams, o filme se distancia do romance clássico e adentra o reino das emoções duradouras. O relacionamento deles na tela se desenvolve não por meio de grandes gestos, mas por meio de rotinas compartilhadas e decisões silenciosas.
Mas, talvez, o vínculo mais poderoso que o filme retrata seja o do protagonista com seu pai, magistralmente interpretado por Bill Nighy. Uma figura afetuosa, sábia e vulnerável, ele representa aquela conexão geracional que se transforma ao longo dos anos e, como o tempo, só é plenamente apreciada quando começa a se esvair.
Mais de uma década após seu lançamento, Questão de Tempo continua a funcionar como uma cápsula de sensibilidade. É um daqueles filmes que você recomenda com carinho, como se estivesse compartilhando um segredo.
Perfeito para uma tarde chuvosa, para assistir com o parceiro, a família ou sozinho, sua mensagem permanece intacta: a vida é feita de segundos que nunca voltam, e o que realmente importa nem sempre é o que buscamos mudar, mas o que aprendemos a apreciar.
