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“Você não quer olhar nos olhos dele por muito tempo”: Tom Hanks sobre trabalhar com Clint Eastwood – Notícias de cinema

Em 2016, Tom Hanks teve a oportunidade de trabalhar sob a direção de Clint Eastwood.

Depois de quatro décadas interpretando personagens memoráveis e trabalhando com os maiores nomes do cinema, Tom Hanks pensava que já tinha visto de tudo. No entanto, seu encontro com Clint Eastwood lhe reservou algumas surpresas.

Tom Hanks faz parte dos raros atores cuja filmografia parece quase perfeita. Vencedor do Oscar por seus papéis em Filadélfia e Forrest Gump, ele atravessou épocas acumulando obras-primas: O Resgate do Soldado Ryan, À Espera de um Milagre, Náufrago, O Terminal, Prenda-me Se For Capaz, ou mais recentemente Ponte dos Espiões e Elvis. Ele foi dirigido por Steven Spielberg, Robert Zemeckis, as Wachowski, Sam Mendes e muitos outros. Mas até 2016, Clint Eastwood ainda não estava nessa lista.

Um set de filmagem à imagem do diretor

O filme Sully conta a história real do comandante Chesley “Sully” Sullenberger, que em 2009, após uma colisão com pássaros em pleno voo, conseguiu realizar o feito de pousar seu avião no rio Hudson, salvando assim as 155 pessoas a bordo. Este “Milagre no Hudson” fascinou a América e Eastwood fez dele um filme sóbrio e intenso, no qual Tom Hanks interpreta o papel de um herói contra sua vontade.

Mas além da história contada na tela, o que mais marcou Hanks foi a calma olímpica de Clint Eastwood durante as filmagens. Convidado no programa Jimmy Kimmel Live em 2016, ele descreveu o cineasta com uma ponta de humor: “Ele trata seus atores como trata os cavalos”, disse ele, sorrindo, antes de elaborar.

Warner Bros.

Uma direção toda em discrição

Ao contrário de muitos diretores que gostam de anunciar as tomadas com energia e teatralidade, Clint Eastwood faz tudo em silêncio. Sem gritar “Ação!” a plenos pulmões, apenas um pequeno gesto com a mão e um “Vai”, quase sussurrado.

“Ele levanta o dedo e faz um círculo para indicar que está gravando”, explicou Tom Hanks. “E então ele fica bem ao seu lado e diz: ‘Ok, vai.’ E você faz e talvez ele diga: ‘Faça de novo. Faça mais uma vez.’ E você faz e ele diz: ‘Muito bem, está bom.'”

Um método que contrasta com os hábitos de Hollywood. E não é um capricho de estrela: é um hábito que ele adquiriu desde seus primeiros dias na série Rawhide, nos anos 60. Na época, o barulho dos megafones e os gritos de “Ação!” assustavam os cavalos no set.

Warner Bros.

“Então, ele e todos os outros membros do elenco de Rawhide estavam em seus cavalos e deveriam ter uma conversa, e toda aquela preparação e o ‘AÇÃO!’ faziam os cavalos entrarem em pânico. Então um dia, ele simplesmente disse da sua maneira inaudível: ‘Há alguma maneira de você simplesmente, sabe, nos dizer ‘vai’ em vez de dizer ‘ação’ para que os cavalos não fujam?'”

Eastwood, já atento, havia proposto algo mais suave, para evitar semear o pânico. Desde então, ele manteve essa abordagem minimalista.

Uma lenda imponente… mas discreta

Tom Hanks também contou o quanto a presença de Clint Eastwood era impressionante: “É como se disséssemos: ‘Adivinhe só, o Monte Rushmore acabou de descer do Dakota do Sul e agora você trabalha para ele.’ Ele é obviamente o homem no comando quando chega ao set. Você só quer agradá-lo. Você não quer olhar nos olhos dele por muito tempo, porque ele tem aquele tipo de olhar, sabe? [Ele estreita os olhos] E você não quer passar por isso”.

Essa sobriedade, essa fleuma, essa autoridade tranquila fazem de Clint Eastwood um diretor à parte. E mesmo para um ator experiente como Tom Hanks, trabalhar com ele continua sendo uma experiência única – quase intimidante, ao que parece.

Sully – O Herói do Rio Hudson está disponível para assistir em streaming no Max ou Prime Video.

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