Um drama psicológico extremamente opressivo, com um tema chocante, está disponível para streaming. Se você ainda não viu o filme, não perca.
Graças a produções como o mega sucesso Adolescência, da Netflix, filmes e séries sobre a psique de adolescentes e os atos de violência inimagináveis a ela associados voltaram a ser o foco das discussões.
Um thriller psicológico magistral com uma história semelhante foi lançado há 14 anos. Atualmente, você pode assistir a esta obra opressiva e intensa por meio de uma assinatura de streaming na MUBI.
Realmente nós Precisamos Falar Sobre Kevin
Em Precisamos Falar Sobre o Kevin, Eva (Tilda Swinton) mora sozinha e teve sua casa e carro pintados de vermelho. Maltratada nas ruas, ela tenta recomeçar a vida com um novo emprego e vive temorosa, evitando as pessoas.
O motivo desta situação vem de seu passado, da época em que era casada com Franklin (John C. Reilly), com quem teve dois filhos: Kevin (Jasper Newell/Ezra Miller) e Lucy (Ursula Parker).
Seu relacionamento com o primogênito, Kevin, sempre foi complicado, desde quando ele era bebê. Com o tempo a situação foi se agravando mas, mesmo conhecendo o filho muito bem, Eva jamais imaginaria do que ele seria capaz de fazer.
Paramount Pictures
Não queremos revelar muito neste ponto, mas, assim como Adolescência, o filme de Lyanne Ramsay também gira em torno de um crime incompreensível. Além da infração em si, o foco está principalmente na complexa teia de caracterização dos personagens e na questão de como tal desenvolvimento pode ser explicado.
Precisamos Falar Sobre o Kevin é perturbador justamente por sua abordagem silenciosa, mas poderosa. Ramsay utiliza uma direção sóbria, quase fria, para destacar o contraste entre o cotidiano e a tragédia que se esconde nas entrelinhas. A trilha sonora discreta, a fotografia melancólica e o uso frequente de metáforas visuais contribuem para criar um clima de tensão constante, quase sufocante.
Lançado em 2011, Precisamos Falar Sobre Kevin recebeu elogios da crítica internacional e foi indicado ao BAFTA de Melhor Atriz para Tilda Swinton — merecido, pois sua atuação foi arrebatadora.
O longa continua sendo, até hoje, uma das representações mais contundentes sobre o impacto psicológico da maternidade diante do mal inexplicável — e é impossível sair ileso dessa experiência.
