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Tem apenas 4 episódios, está na Netflix e é uma das melhores minisséries do catálogo – Notícias Visto na Web

É baseada em um caso real onde o racismo institucional foi protagonista.

O ano de 2019 definitivamente foi uma joia para a televisão, principalmente para as séries. Tivemos estreias como Chernobyl, The Mandalorian, Inacreditável, Good Omens e Euphoria, e também houve uma produção que foi uma declaração retumbante.

Uma ficção que nos convidou a olhar para o passado recente para reconsiderar se o mundo realmente mudou. Estou falando de Olhos que Condenam, uma minissérie criada por Ava DuVernay que está disponível na Netflix e está, sem dúvida, entre as produções mais impactantes dos últimos anos!

Ao longo de quatro episódios intensos, a série investiga uma das injustiças mais flagrantes do sistema judiciário norte-americano: o caso dos Cinco do Central Park. E continua sendo um dos melhores dramas televisivos dos últimos anos. A série têm uma maneira de narrar que não cai no cinismo e que exala uma sensibilidade que não banaliza a dor, mas também não evita uma realidade terrível.

Olhos que Condenam acompanha Kevin (Asante Blackk/Justin Cunningham), Antron (Caleel Harris/Jovan Adepo), Yusef (Ethan Herisse/Chris Chalk), Raymond (Marquis Rodriguez/Freddy Miyares) e Korey (Jharrel Jerome) – cinco adolescentes que foram injustamente acusados ​​e condenados por um estupro que não cometeram.

DuVernay não se preocupou em trazer na trama apenas a injustiça judiciária que ocorreu durante todo o caso, mas expõe o mecanismo de ação, impulsionado pelo racismo que ainda sustenta muitas injustiças sociais.

Sem se limitar a manchetes ou reconstruções frias de eventos, a série se concentra no lado emocional, destacando como a prisão, o julgamento e os anos de encarceramento transformaram esses jovens e suas famílias. Também explora como toda uma sociedade e sistema decidem quem tem o direito de permanecer inocente, mesmo depois que a verdade vem à tona.

O racismo estrutural como eixo de um sistema

Cada episódio de Olhos que Condenam é cuidadosamente elaborado como se fosse uma descida ao inferno. Do momento em que os jovens são presos até o período na prisão e a subsequente reintegração, a série vai além da simples narrativa do tribunal e mostra o custo humano por trás de cada decisão policial e de cada preconceito institucionalizado.

E um dos maiores pontos fortes da série é o seu elenco. Todos os atores fazem um trabalho fantástico, mas o destaque é Jharrel Jerome (que ganhou um Emmy naquele ano). Sua interpretação de Korey Wise — o único dos cinco que foi enviado diretamente para a prisão para adultos — e sua transformação ao longo dos episódios concretizam um dos arcos emocionais mais intensos vistos na televisão nos últimos anos.

Netflix

E não há dúvidas sobre a postura da série, que deixa claro que o caso dos Cinco do Central Park não foi um erro isolado, mas sim a consequência direta de um sistema que prioriza a raça em detrimento dos fatos em si. A polícia, o Ministério Público, a mídia e setores da sociedade agiram com violência velada, que é exposta na tela.

No fim das contas, Olhos que Condenam não é apenas uma aula de história sobre um acontecimento recente. É também um exemplo de como contar uma história com honestidade, sem exageros ou concessões. É uma série que comove e perturba, mas também reivindica o poder da memória e sua força no caminho da reparação e da justiça. Por isso, ela é essencial.

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